segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Olhos de Luzia




Luzia
Vivia no seio da mãe Terra
Quieta
Calada
Solitária
Encontrada pela ciência
Ganhou fama
Casa de vidro
Ganhou cama
Luzia contou histórias
Mais de dez mil anos
Ontem não sobreviveu
Morreu outra vez
Luzia virou cinzas
Ganhou sua liberdade
Subiu aos céus
Prazer em conhecê-la
E perdoe por nossa ignorância
Obrigada Luzia.


03/09/2018:

Homenagem à "Luzia" no dia seguinte ao incêndio que destruiu o Museu Nacional no Rio de janeiro. Fóssil humano mais antigo das Américas, encontrado na cidade de Pedro Leopoldo (MG) em 1970

Nenhum comentário:

Postar um comentário