terça-feira, 25 de novembro de 2014

CAXOTIM



    Ainda vivíamos naquela casa de portas e janelas de madeira.Todas pintadas de azul claro. Era a última casa da rua que terminava ali. Depois ela continuava em dois caminhos. Um deles virava uma estrada que levava até Calambau, a cidade dos parentes da minha avó, mãe da minha mãe. O outro era uma trilha estreita sobre a grama ou capim, que chegava até a enorme chácara de Dona Zezinha. Era ali que eu e minha irmã buscávamos leite. 

    Apesar dos meus cinco anos já era habilidosa em fazer o pequeno caldeirão girar uma volta inteira segurando-o apenas por sua alça. Sem derramar o leite. Era necessário agilidade e rapidez com o braço. A ciência estava no começar e no parar, senão todo o leite ia para o chão. Fazia aquilo com um sorriso de alegria e triunfo. 

    O meu pequeno grande mundo era todo colorido das matizes da natureza e eu não perdia nada nele. Meus olhos viajavam pelo maravilhoso daquele lugar.

    Defronte a minha casa havia um barranco bem escarpado. Felício, meu irmão mais velho, com oito anos, ficava todo o dia construindo estradas, pontes, postos de gasolina, igrejas e prefeituras na terra macia e cheirosa daquele barranco.

    Papai aproveitava os carretéis de linha, as borrachinhas de enrolar dinheiro, palito de fósforo para confeccionar carrinhos que andavam pelos caminhos construídos naquela cidade imaginária. Meu irmão colocava alguns obstáculos que imitavam nossas estradas de verdade só para ver o carrinho deslizar, dançar e vencê-los. Acho que ainda sou capaz de ver aqueles fantásticos carretéis deslizando pelos barrancos. Felício sempre gostava de brincar sozinho.
Então vinha lá o irmão abaixo dele, Joãozinho, a lhe provocar e até acabar com seu sossego.

   “Mamãe olha o Joãozinho estragando meus carros”, gritava Felício.

    O outro não se intimidava com os gritos, continuava no deboche, escondia os carrinhos, mudava a direção das estradas, destruía as pontes e atormentava o sossego de Felício. Quando minha mãe chegava ele fazia cara de anjo Gabriel. E isto deixava Felício ainda mais nervoso.

    “Vou contar tudo para seu pai...deixa ele chegar e você vai ver”,  dizia minha mãe muito brava.
Joãozinho nem tomava conhecimento destas palavras. E continuava azucrinando o irmão.

    Acontecera que um dia eles brigaram feio.  Acho que a gota d’água da paciência de Felício extravasou. Os dois se atracaram e rolaram na terra. Minha mãe acudiu. Segurou cada um numa mão. E colocou os dois de castigo. 


    Eles deveriam ficar em pé, cada qual de um lado da cristaleira. Deveriam ficar calados, sem rir ou chorar e olhando um para o outro. Ficariam assim até se arrependerem e um pedir desculpas ao outro.

    Felício chorava de vergonha pelo castigo e pelo desgosto causado a nossa mãe. Não sei se pediu desculpas. O choro e a raiva deveriam ser maiores que a vontade de se desculpar.

    Do lado de lá estava Joãozinho a fazer caretas e a rir do irmão, afrontando-o a seu modo de “pouco me importa”. E nada lhe importava ou lhe causava resignação. Minha mãe vivia dizendo “ esse menino não emenda com nada”. Meu pai dizia que o menino tirava a todos do sério. E Joãozinho era só alegria e desarranjo.


    Meu coração ficava dividido entre a tristeza de Felício e a ousadia de Joãozinho.
   
    Um outro castigo marcou todos da família. Após mais uma briga entre os dois irmãos, mamãe proibiu que eles saíssem de casa e, para assegurar sua determinação, vestiu-lhes com nossas camisolas de dormir. Eles deveriam ficar o resto do dia com aquelas roupas e deveriam dormir com elas.

    Mais uma vez, Felício chorou pela vergonha e pela roupa de menina.

    No descuido por outros afazeres, nossa mãe esquecera do castigo e dos filhos. Ao dar pela ausência dos dois fora procurá-los. Encontrara Felício dormindo no chão atrás da porta do seu quarto. Acho que chorou até pegar no sono.

    Não encontrou Joãozinho dentro de casa. Saiu pelo quintal e nada. Eis que, das janelas, ela o viu brincando na cidade do barranco como se ele fosse o construtor, o dono dos carros e o prefeito. Continuava com a camisola como se fosse uma importante vestimenta para se apresentar naquela cidade tão linda.


    Joãozinho era um dos sobrinhos preferidos do meu tio Padre que, além de ter sido o pároco que o batizou, fora também seu padrinho. E um era do outro, cúmplices nas travessuras e no tudo de mal feito por ali.

    Enquanto Felício crescia nas responsabilidades, na timidez e nas vergonhas, Joãozinho crescia nas artimanhas.

    Não sei o que houve, mas de repente Joãozinho recebera o apelido de Caxotim. E o apelido pegou. Era Caxotim de rapadura, Caxotim de goiabada, Caxotim de doce de manga e por ai afora. Nunca soubemos a origem daquele apelido. Só sei que ele também se apegou ao apelido. Fora na época em que ele virava rapaz.

    O tempo passou rapidamente. Joãozinho cresceu, casou e se mudou para muito longe de nós.

    O Caxotim permaneceu apenas para os familiares.


    E, alguns dias atrás, tive um raro encontro com Joãozinho, meu amado irmão e compadre que recusou contar-me acerca do Caxotim apesar da minha insistência. Disse que apenas uma pessoa sabia da tal história. Mas o tio inventor do apelido se fora e nos deixou com nossas férteis explicações. 


    Sempre pensei ter sido devido aos ataques nos doces e queijos, durante as madrugadas, na gigantesca despensa da fazenda de nossa avó. Ele negou minha versão.

    Tenho cá pra mim que dentro deste Caxotim esconde alguma safadeza...

19/11/2014

terça-feira, 18 de novembro de 2014

DORES E FLORES



                       

           


Mesmo perrengada  com algumas dores, coisas de mulher, cumpri quase todos meus compromissos do dia. Deixei para a tarde a melhor tarefa, qual seja passar na minha casinha no caminho de volta a Brumadinho.

Ao sair do asfalto já senti o cheiro da terra úmida devido ao patrolamento da estrada facilitando assim o acesso.
Como sempre acontece, estava sozinha, mas bem acompanhada pelos pensamentos de viajante. Estes jamais faltam. São fiéis companheiros.

O telhado do meu chalé está sendo trocado uma vez que fora mal feito e sempre trouxera problemas com as chuvas. Agora está quase pronto e ficou ainda mais charmoso.

Duquesa e Neguinho correram para a costumeira festiva recepção. Eles sempre esperam por alguma guloseima diferente da ração diária. Não tem sido possível, pois tenho ido lá apenas para as conversas com o pedreiro. Entretanto sempre me sobra tempo para um carinho e uma palavra.  Os pássaros continuam chegando e aumentando em quantidade e diversidade. Outro dia tive a visita de um pássaro Preto. Diariamente tenho visto tico-tico Rei e Trinca Ferro além dos meus queridos canários da terra.

Mas, hoje, a obrigação me fez ir até Brumadinho. Aproveitei  e fui ao supermercado. Muitas lembranças  andaram comigo pelos corredores estreitos e arranjados, sem planejamento. Acabei me perdendo lá dentro. Acho que era isto mesmo que eu queria.
Onde fica o corredor dos vinhos? Eu me perguntava e logo o vi lá. Lindo, repleto dos meus vinhos. E os antibióticos? Então nada de vinho por agora. Paciência. Logo poderei degustar um deles. Ficará ainda mais saboroso.

Logo que cheguei à cidade vi uma vaga perto do local onde deveria resolver uma primeira questão junto a um banco. Olhei para o outro lado da rua e deparei com aquela casa onde trabalhei por alguns anos. A janela de madeira do consultório estava semi aberta. Então me vi lá dentro atendendo todos aqueles pacientes que tanto me ensinaram na minha profissão e na minha vida. Era um trabalho muito árduo, mas toda a equipe se esmerava para suavizá-lo e para que tivéssemos sucessos.

Por alguns instantes parei na calçada. Quase entrei. Não entrei. O encanto poderia se quebrar.

Rapidamente voltei para a minha realidade e lá fui eu ainda cheia de saudades.

As lágrimas me desobedeceram. Também, quem mandou ser tão chorona?

Ali, muito mais que um trabalho, deu-se a efetivação a nível municipal de um projeto nacional para atendimentos às pessoas portadoras de sofrimentos mentais fora dos hospitais psiquiátricos. E a cidade já se destacava e brilhava em tal serviço. Era assim que deveria ter sido desde sempre. Mas o que vimos e o que  a história nos conta é que o louco sempre vivera excluído, segregado e mal tratado pela sociedade, pela medicina e pelos governantes.

Mas ali a loucura apresentava um outro estatuto. Ela era livre e andava livre pelas ruas. E nós, trabalhadores, no meio dela e com ela. Às vezes era impossível saber quem eram os profissionais e quem eram os  ditos "loucos". E loucos somos todos nós.

Jamais esquecerei do empenho de uma profissional de belas artes que trabalhou conosco por algum tempo. Ela sempre inventava modas para sair com nossos pacientes, além das belíssimas produções artísticas de cada um. Agendou uma visita à Casa Fiat de Cultura para uma rara exposição de Rodin e Marc Chagall no ano da França no Brasil.

Conseguiu transporte com a prefeitura, lanches e, além da entrada franqueada para todos, profissionais e pacientes, ainda teriam um mediador para acompanhá-los pelos caminhos das esculturas e dos quadros, apresentando-os às obras. 

Meu trabalho quase nunca me permitia estar em outras atividades com eles. Eu sempre tinha uma agenda cheia com casos agudos e ou graves para acolher e atender. Entretanto, algumas vezes, ousei fazer bolos e biscoitos com alguns deles, então, tivemos deliciosos cafés da tarde. 

Na  semana seguinte daquele passeio, perguntei para alguns sobre a exposição e cada qual contou o que viu, a seu modo. Entretanto o que mais me marcou fora o relato da colega que os acompanhara. Minha colega nos contou que Chico das Tampinhas parou diante da escultura do Pensador, de Rodin, e ali ficou alguns minutos como que tomado pela belíssima obra. Contou também acerca da emoção sentida por Leonardo que tremia ao ver as pinturas.

Terminada a apresentação e prontos para a volta, o tal mediador  elogiou todo o grupo pelo interesse, pela discussão durante o percurso e pela gentileza de todos eles. Ele agradeceu pela oportunidade de acompanhá-los.

Bem, já está tarde e tenho que voltar.

Conversas  afinadas, acordos refeitos e despeço daquele lugar e de seus moradores, meus companheiros Duquesa e Neguinho. Afora os galináceos.

Ao sair meu olhar é convocado a ver as primeiras flores daquele  pé de Ipê Rosa que, junto aos outros,  plantei ao chegar ali. Estavam lindas e minhas mãos podiam tocá-las.

Certamente, minhas lembranças e estas flores conspiraram contra minhas dores. Porque elas se foram...


24/ 10/2014

terça-feira, 11 de novembro de 2014

PROSAMOROSA



                     ... DESCONSTRUINDO O CASTELO DA BRUXITA


Tenho um amor às escondidas de mim.
Um amor suave e intenso que também se esconde de si.
Fica na margem, me observando ao longe, com medo da aproximação.
Ainda posso vê-lo ali, eu e meus preconceitos tolos e infantis.
Naquela rua de mineiros.

Éramos ainda duas crianças.
Ele a me olhar...
e eu a desdenhá-lo.
Sangue italiano jamais se misturaria ao sangue africano.
Assim era o dito do meu pai. 
Aceitei o interdito.

O menino foi embora e nem me dei conta de sua ausência.
O menino virou homem e voltou; 
nem percebi.
E, na sua valentia conquistada, me procura. 
Encontra meu pai.
Resiste. 
Insiste.
Encontro-o na porta. Nossos olhares se tocam...
Ainda posso me ver através do seu olhar.
Era toda encantada.
Naquele instante já não sabia mais de mim.
Difíceis tempos assombrariam minha vida.

Eu sobreviveria por um outro amor:
a medicina.
Laborioso engano.
Nossos encontros continuaram
apesar da distancia terrestre,
apesar da distancia sanguínea.
Os correios passaram a fazer parte das nossas vidas


E escrevia muitas cartas. E recebia outras tantas cartas.
Encontrávamos pelas estradas.
Meu amor crescia a cada dia.
Estava nele o que faltava em mim.
Até que um dia  uma carta decide os rumos:
"Não sei o que fazer... Só sei que vou mal nos estudos e na vida.”

Acho que fora a última carta que recebera dele.
Mais tarde contaram que ele se casara
e que fora estudar no Japão.
Nunca soube se isto acontecera na sua vida.
Mas para mim ele se fora.
No desespero decido também embrenhar noutro caminho.


Talvez a pior viagem da minha vida.
Ai encontrei um outro amor.
Juntei-me a ele e às suas incertezas.
Viveríamos em desvario por alguns longos anos.


Muitas vezes, na sobriedade, buscava a delicadeza daquele das cartas.
No desespero tomei forças e  procurei.
Ele veio e escutou.
Então chorei o tempo da ilusão.


Algum tempo depois
Meu pretenso amor e companheiro se vão
Sobrou meu corpo que ora caiu.

Chegou o tempo da reconstrução.
Ao levantar outro amor se anunciou.


Um casamento no já adiantado da vida.
Muito amor, muita liberdade, nenhuma lei
Vida à deriva.
Mais uma vez o amar não sustentou o viver...
Chegou o instante do fazer,
Alar os filhos foi o tempo devido.

Agora me recolho para,
mais uma vez, começar de novo.
Então, no devaneio, vem a incompatibilidade sanguínea.
Meu primeiro amor que, sabidamente, não está no país das gueixas.
Esse homem que acolhe um convite e vem me encontrar.
E me ama como se tivéssemos ainda no tempo das paixões.
Outros rumos tomou na vida,
certamente perdido na interdição de outro homem:
Um pai dos olhos azuis e dos cabelos louros.
Uma grande altivez e uma úlcera no estômago
a lhe interditar os desejos.

E eu cá entre dois homens,
dos corpos interditados.

Faz-se a hora da desconstrução    


Março / 2014

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

ZÉ "O GÊNIO"


    
                            ZÉ "O GÊNIO"

Todos os irmãos de minha mãe moravam naquela cidadezinha, exceto um tio que eu não conhecia e que morava com a esposa e as filhas em Mariana. Ouvia dizer que ele se casara muito jovem. A moça era uma professora lá dos Pinheiros Altos, terra da pedra sabão, aquela usada por Aleijadinho para esculpir os profetas de Congonhas e tantos outros.

Minha mãe vivia muito adoentada e eu me lembro pouco dela. Mas não esqueço das noites frias em que ela esquentava tijolos no fogão a lenha para aquecer nossas camas. Eu dormia com minha irmã mais velha do que eu apenas um ano. Ela era linda. Era mais franzina do que eu e sempre sabia de tudo e, para tudo, tinha respostas na ponta da língua. Eu ficava a olhá-la. Era a preferida do meu pai. Certamente eu sentia muitos ciúmes e queria ser igual a ela. A asma não me permitia segui-la em suas aventuras. Restava-me olhar. E como eu olhava.

Éramos quatro filhos, Felício com oito anos, Joãozinho com sete, Lia com seis e eu com cinco anos. Ainda não sabia de uma outra irmã mais velha. Ela morava na cidade grande com uma tia, sua madrinha.

E como éramos felizes. Nesta época nosso pai já havia conseguido um trabalho na coletoria do estado. Não sabia o que era isto, mas parecia que era muito importante. Minha mãe era uma pessoa muito querida por aquelas bandas. Era a primeira filha de um fazendeiro de prestígio na região e neta de um imigrante italiano.

Minha avó, mãe da minha mãe, nos visitava sempre, isto quando nós lhe dávamos tempo pois vivíamos em sua casa. Não entendia a preocupação dela com minha mãe. Por uns tempos passou a vir mais vezes em nossa casa. Estaria minha mãe adoentada outra vez ? Pensava eu.

Então, numa manhã, acordei com grande alvoroço na minha casa. Gente entrando, gente saindo e ninguém falava nada. Minha mãe presa num quarto. Silêncio total.

Minha avó e umas parentas mostravam-se muito preocupadas. Meu pai fumando um cigarro atrás do outro e com sua costumeira posição de segurar o estômago com a outra mão. A úlcera devia ter atacado de novo. Parecia nervoso.

Eu, grudada na minha irmã. Como sua sombra.

E mais pessoas chegando em nossa casa.

Mandaram chamar o Tio farmacêutico da minha mãe. Conclui que, deveras, minha mãe estava muito doente.

Muita confusão. Eu a olhar. Parecia que as pessoas estavam aflitas.

Desespero total.

Acho que eu chorei muito.

Ficava ouvindo o barulho dos passos daquela gente nas tábuas da sala da minha casa.

De repente uma trégua seguida de um suspiro. A alegria tomou conta de todos.

Minha avó sai do quarto onde estavam com minha mãe. Chama meu pai e diz que nascera um menino.

Que menino ?

Era mais um irmão que nascia. Então a doença era um filho...

Passados os primeiros tormentos escuto uma pergunta:

-" que tal o nome de Eugênio ?"

Pediu, piedosamente, minha avó. Seria uma homenagem ao Papa Pio XII. Ele também era italiano e morrera havia poucos anos. Seu nome era Eugênio Pacelli.

Meu Tio Padre, irmão da minha mãe que, até agora só ficara rezando suas orações em latim, concordou, desde que viesse acompanhado pelo nome de José. Deveria honrar o patriarca da Sagrada Família.

Meu pai aceitou tudo.

Ganhei um irmão com um nome muito esquisito, José Eugênio. Eu e Lia, minha irmã, logo queríamos conhecê-lo mas nossas entradas foram barradas. Diante de nossa insistência meu pai, sempre encontrando boas saídas, deu-nos umas moedas e pediu que fôssemos comprar uma chupeta para o menino.

Saímos felizes com aquela tão distinta tarefa. Foi um passo lá e outro cá.

Quando voltamos encontramos todos em volta de minha mãe. O que teria acontecido? Cadê meu irmão?

Para nossa surpresa ele estava sozinho naquele berço que já fora de tantas outras crianças. Meu irmão era muito pequenininho. Nem tinha forças para abrir os olhos. Eu e minha irmã ficamos ali a cuidar do mais novo membro da família.

Mas, por sorte daquele que acabara de nascer, chegou meu pai e deparou com a carinha dele toda suja de uma massaroca branca. Vai logo limpando e nos pergunta o que havíamos feito.

E foi, no seu primeiro dia de vida, que aquele menino mineiro comeu seu primeiro pedaço de queijo.

- " Na venda não tinha chupeta..."


18/09/2014