sexta-feira, 5 de abril de 2019

Poesia: O João-de- Barro



Ele chega de mansinho
pousa no para-brisa
vê sua imagem refletida
e bica o vidro
Repetidas vezes ele beija 
sua fêmea  que
do lado de lá
lhe beija também.
Voa pelos arredores
e volta a beijar
Fico ali 
morrendo de ciúmes da imagem
refletida.

05/04/2019

Nenhum comentário:

Postar um comentário