(Delicadezas em tempos de Coronavírus - LXII)
Disseram que ele entrou pela janela do quarto. Caminhou lento pelo corredor. Na sala bateu asas e pousou numa viga de madeira atravessada no telhado. Lá de cima voava até as vidraças fixas. Queria ganhar o céu. Ali ficou o dia todo. Sem água. Sem petiscos. Sujeiras espalhadas pelo chão. Lá de cima olhava atento. A nos espreitar. À noite desceu das alturas. Caminhou lento até a porta. Saiu assim como entrou. Lindo, garboso, alado.
Outro jacu na minha vida.
Jacu ladrão, roubou meu coração.
21/11/2021
Nenhum comentário:
Postar um comentário