Os policiais nos relataram que o “elemento” procurara o posto policial pedindo socorro de modo desvairado, não conseguindo dizer o que estava acontecendo para deixá-lo daquele jeito.
Suspeitando que se tratava de mais um louco nas ruas da cidade, a PMMG o encaminhou até o hospital público onde trabalho para que fosse atendido.
Então chegou até nós um homem de, aproximadamente, cinquenta anos, vestido com simplicidade, muito falante e extremamente inquieto. Falava, andava, levantava os braços, se irritava quando alguém tentava abordá-lo, repetia o que ninguém conseguia entender e se irritava ainda mais quando percebia que não se fazia entendido.
Depois de muito vai e vem, de muito nervosismo, de braços estendidos para cima, ora no alto da cabeça, ora na cabeça, consegui entender sua historia: ele entrara num bar e pedira um copo d’água, sendo logo atendido. Então bebera a água.
Então chegou até nós um homem de, aproximadamente, cinquenta anos, vestido com simplicidade, muito falante e extremamente inquieto. Falava, andava, levantava os braços, se irritava quando alguém tentava abordá-lo, repetia o que ninguém conseguia entender e se irritava ainda mais quando percebia que não se fazia entendido.
Depois de muito vai e vem, de muito nervosismo, de braços estendidos para cima, ora no alto da cabeça, ora na cabeça, consegui entender sua historia: ele entrara num bar e pedira um copo d’água, sendo logo atendido. Então bebera a água.
A seguir passou-lhe pela cabeça que a tal mulher, ao virar de costas para providenciar seu pedido, teria envenenado a água. A partir de então ficou desesperado. Precisava que um médico lhe dissesse se iria morrer ou não. Repetia essa história com o desespero da proximidade da morte .
Tentei tranquilizá-lo; sem sucesso. Nada demovia dele a ideia do envenenamento e a expectativa da morte.
- "Vou telefonar para meu irmão..."
E foi logo pegando seu celular e começando novamente seu relato desorganizado de envenenamento e de morte.
Neste momento, percebendo que ele falava com alguém ao telefone, pedi seu celular, dada a importância de localizar um familiar. Contra sua vontade e relutando em não me emprestá-lo, finalmente me entregou o aparelho .
- "Desliga logo esse celular e me ajuda pelo amor de Deus..."
Era ele e seu desespero.
Ao tentar desligar, apertei uma tecla e apareceu uma luzinha no tal do aparelho. Ele, ainda mais nervoso e irritado, começou a esbravejar:
- "Agora ocê apaga ...Vamos! Apague! Quem mandou mexer..."
E eu não conseguia desligar o foco de luz e mexia daqui e dali e o moço esbravejava e se irritava até que eu lhe disse :
-Toma ai ...eu não sei desligar isto não!
Tião parou , me olhou e disse:
- "Você é médica e não sabe nem desligar um celular ?"
- "Não sei não... Disse-lhe eu."
Tião olhou para mim; parou subitamente, sorriu debochadamente e aquietou-se.
Então, foi possível ajudá-lo.
Tentei tranquilizá-lo; sem sucesso. Nada demovia dele a ideia do envenenamento e a expectativa da morte.
- "Vou telefonar para meu irmão..."
E foi logo pegando seu celular e começando novamente seu relato desorganizado de envenenamento e de morte.
Neste momento, percebendo que ele falava com alguém ao telefone, pedi seu celular, dada a importância de localizar um familiar. Contra sua vontade e relutando em não me emprestá-lo, finalmente me entregou o aparelho .
- "Desliga logo esse celular e me ajuda pelo amor de Deus..."
Era ele e seu desespero.
Ao tentar desligar, apertei uma tecla e apareceu uma luzinha no tal do aparelho. Ele, ainda mais nervoso e irritado, começou a esbravejar:
- "Agora ocê apaga ...Vamos! Apague! Quem mandou mexer..."
E eu não conseguia desligar o foco de luz e mexia daqui e dali e o moço esbravejava e se irritava até que eu lhe disse :
-Toma ai ...eu não sei desligar isto não!
Tião parou , me olhou e disse:
- "Você é médica e não sabe nem desligar um celular ?"
- "Não sei não... Disse-lhe eu."
Tião olhou para mim; parou subitamente, sorriu debochadamente e aquietou-se.
Então, foi possível ajudá-lo.
Adorável esse conto.A Eliane pediatra está lendo,gostndo e quer mais.Estou aguardando hoje mais um conto.Valeska.
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