terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

A Mão e a Luva - Machado de Assis

Na semana passada, para espanto meu e de todos e todas que amam a literatura, acompanhamos o governador do estado de Rondônia, censurando vários títulos de livros de autores brasileiros. Para mim atos como este caracterizam uma violência ao estado de direito do cidadão brasileiro. É o mesmo que amputar-nos os sonhos, como se tal lhe fosse possível. Não devem saber os imbecis que o desejo nos surge do fruto proibido.

Pois bem, foi então que me caiu às mãos mais um livro do nosso maior escritor, fundador e primeiro presidente da Academia Brasielira de Letras, Joaquim Maria Machado de Assis. Um romance do final do século XIX, A Mão e a Luva, mais uma história dos amores dos jovens da corte do Rio de Janeiro, do Brasil imperial.

Eis aqui uma belíssima frase extraida da página 130, da "Coleção Clássicos da Literatura TAG Curadoria:


"O que se passou depois, quando, livre de olhos estranhos, pôde entregar-se a si mesma, isso ninguém soube, a não ser as paredes mudas do quarto, ou o raio de lua coado pelo tecido raro das cortinas das janelas, como a espreitar aquela alma faminta de luz"

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